quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Nissan GT-R domina pistas com influência de Jaspion, Godzilla e videogame

Nissan GT-R domina pistas com influência de Jaspion, Godzilla e videogame

Você pode nunca ter encostado a mão no volante de um esportivo, mas se aprecia a cultura automotiva certamente respeita a sigla GT-R. Da mesma forma, quem se aventura em pistas de corrida se arrepia ao ouvir o apelido "Godzilla". De um modo ou de outro, estamos nos referindo ao superesportivo Nissan GT-R, modelo que rivaliza com carros da Ferrari e Porsche no exterior, mas que não é vendido oficialmente no Brasil, nem tem planos de chegada, apesar de ter sido exposto no último Salão do Automóvel de São Paulo (SP). Questão de preço.
Tanto GT-R (sigla para Gran Turismo Racing), quanto Godzilla (criado por jornalistas australianos em 1989 e adotado desde então) foram herdados do predecessor Nissan Skyline, sedã ainda lendário a ponto de estrelar filmes de ação e velocidade como "Velozes e Furiosos" e fazer a diversão de muitos em track dayse desafios de drift. Ambos ilustram, mas não determinam o que há por trás do cupê esportivo que é orgulho da Nissan, segundo Shiro Nakamura, criador do carro, designer-chefe da marca e que esteve no Anhembi, em outubro, mostrando não apenas o GT-R, mas também o jipinho Kicks, que dará origem a um anti-EcoSport fabricado no Rio em futuro próximo.
Murilo Góes/UOL
Shiro Nakamura, criador do GT-R e do jipinho-conceito Kicks, explica ideias à equipe de UOL Carros durante Salão de SP
Na apresentação global do GT-R, ainda em 2007, Nakamura-san afirmou que as formas do GT-R estavam diretamente ligados a ícones da atual cultura pop japonesa: robôs gigantes (Mechas), heróis com armaduras especiais e máquinas incríveis (do gênero Tokusatsu). Citou nominalmente a franquia Gundam, mas se o discurso fosse atualizado poderia apontar séries como Knights of Sidonia (exibida pelo serviço online Netflix); no Brasil, se faria entender com um só nome: Jaspion.
Na vida real, o herói com armadura é o próprio condutor, que pode até ter visual similar ao trajar balaclava e capacete; a máquina incrível/robô gigante é uma só: o próprio GT-R. Juntos, voam baixo dominando curvas e derrotando números, como é o caso do recorde na temida pista de Nürburgring (Alemanha): percorreu os pouco mais de 20 quilômetros de asfalto em 7min08, eliminando recordes anteriores de carros esportivos feitos em série. Criado em conjunto com equipes europeia e norte-americana, o cupê furioso tem mecânica avançada (ainda que nem tão poderosa sob análise fria) e eletrônica precisa, típica de videogame. E esta também é uma influência real: a empresa Polyphony Digital, que criou o jogo GranTurismo (série da linha Sony Playstation), desenvolveu o painel do GT-R. 
Arte UOL Carros sobre Murilo Góes/UOL e Koji Sasahara/AP
Robôs-gigantes (da série Gundam, à direita) e heróis de armadura (Tokusatsu, como o conhecido Jaspion) inspiraram visual do GT-R
Dotado de motor V6 biturbo de 3,8 litros feito artesanalmente por apenas quatro Takumi (mestres artesãos), tem 552 cv (454 hp) e 64 kgfm de toque disponíveis em sua versão inicial. A transmissão montada sobre o eixo traseiro é automatizada, de seis marchas e dupla embreagem, e comanda sistema de tração que prioriza a entrega total de força sobre as rodas traseiras, passando para o sistema integral sempre que preciso. Grifes como Bilstein (suspensão), Brembo (sistema de frenagem de performance, com discos que parecem pizzas de tão grandes) e Bose (som premium, com 11 falantes) completam o conjunto.
Reprodução
Trajados para a pista, ocupantes formam equipe de destruição de recordes com GT-R
Tudo isso tem um preço e essa é outra vantagem do GT-R no exterior: custar menos que os rivais diretos. Pouco convidativo, parte de quase US$ 102 mil (quase R$ 255 mil limpos, no câmbio do começo de dezembro) para o GT-R Premium (com itens de "conforto", como couro, plástico emborrachado e som potente), US$ 111.500 (mais de R$  285 mil) pelo GT-R Black Edition (itens em fibra de carbono, rodas escuras e bancos Recaro) e US$ 150 mil (mais de R$ 380 mil) pelo GT-R Nismo (motor de 608 cv e 66,5 kgfm e tunagem especial da divisão de performance para suspensão e rodas). Basta lembrar que carros de Porsche, Ferrari, Mercedes-Benz e Lamborghini podem custar o dobro.

Fonte.http://carros.uol.com.br/noticias/redacao/2014/12/03/nissan-gt-r-domina-pistas-com-influencia-de-jaspion-godzilla-e-videogame.htm#fotoNav=1

Carros zero-quilômetro já terão novas placas do Mercosul em janeiro de 2016

Carros zero-quilômetro já terão novas placas do Mercosul em janeiro de 2016.


O Contran (Conselho Nacional de Trânsito) tornou oficial, nesta quinta-feira (4), a alteração no sistema de placas de veículos brasileiros a partir de 1º de janeiro de 2016. Todos os carros emplacados a partir dessa data adotarão a nova identificação, padronizada em relação aos demais países do Mercosul (Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela). Além deles, os que solicitarem troca de município ou transferência de categoria também usarão o novo modelo.

A proposta vinha sendo estudada desde 2010 e estava prevista para entrar em vigor já neste ano, mas foi adiada para acerto de detalhes.

Similar ao que existe na União Europeia, o novo sistema terá elementos extras de segurança para dificultar a clonagem, que segundo o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito está com índices "elevados" na região. Além disso, permitirá integrar bancos de dados dos cinco países nos próximos anos. 
Divulgação
Placas para automóveis, caminhões, ônibus e reboques (à esquerda) e motos: emblema do Mercosul, nome e bandeira do país, bandeira do Estado e brasão da cidade, faixa holográfica, código 2D e marcas de segurança diferenciam novos modelos
"A medida permitirá um controle mais rigoroso do transporte de cargas, transporte de passageiros e também de carros particulares entre esses países", garantiu Rone Barbosa, coordenador do Denatran.

Olympiobr/Domínio público
O Brasil já teve três sistemas de identificação de veículos antes do atual, todos usando placas fixadas à carroceria. O primeiro, de 1901, tinha até cinco dígitos e o prefixo A (aluguel) ou P (particular). Foi substituído, 40 anos depois, por uma sequência de dígitos, que podia ser dividida em duplas e conter de três a sete caracteres, dependendo da frota do Estado. Em 1969 foi adotada a combinação de duas letras e quatro números, cujas regras eram um convite à confusão: os Estados podiam atribuir prefixos às cidades, mas os que tinham mais de 676 delas (limite das combinações alfabéticas) tinham problemas; uma troca de cidade obrigava a uma troca de placa; e, por fim, veículos de Estados diferentes podiam ter a mesma combinação. Já o sistema atual vale para todo o território nacional.
PADRÃO

As novas placas terão o seguinte padrão: uma tarja azul na parte superior conterá o logotipo do Mercosul (à esquerda) e a identificação do país, com o nome ao centro e a bandeira no canto direito. A identificação do carro será feita com sete caracteres alfanuméricos dispostos de modo aleatório.
Segundo o Denatran, esta solução permitirá 450 milhões de combinações, contra as 175 milhões existentes no sistema brasileiro atual. ConformeUOL Carros apontou recentemente, o atual sistema com três letras e quatro números durariano máximo até 2030.

A categoria de cada veículo na nova placa será indicada pela cor dos caracteres: preta (particulares); vermelha (comerciais ou de aprendizagem); azul (oficiais); verde (de teste); dourado (diplomáticos); e prateado (de coleção).

No caso específico do Brasil, serão acrescentados: uma tira holográfica à esquerda (similar àquelas usadas nas notas de R$ 50 e R$ 100, para evitar falsificação), ao lado de um código bidimensional e com a identificação do fabricante, data de fabricação e número de serial da placa; e uma bandeira e brasão dos respectivos Estado e município de registro, à direita.

De acordo com a resolução, a fabricação das placas também seguirá novo padrão. Atualmente, qualquer empresa pode produzir as chamadas chapas semiacabadas, cabendo aos Detrans regionais escolher o fornecedor de preferência para, só então, pintá-las, estampá-las e gravar os códigos alfanuméricos. A partir de 2016, apenas empresas credenciadas pelo Denatran serão autorizadas a produzir essas chapas.

Segundo o Denatran, veículos que já estiverem circulando nos cinco países não precisarão trocar imediatamente suas placas de identificação.